6) A ARTROSE



Esse processo degenerativo das articulações é originado pelo envelhecimento das estruturas articulares, pela gota ou pela obesidade.
o      PREDISPOSIÇÃO;
o      DOR;
o      CONTROLE;



A causa e o mecanismo de estabelecimento das artroses ou artri­tes não são bem conhecidos. Porém, seu aparecimento está inti­mamente ligado a processos normais de envelhecimento das estru­turas articulares. De maneira geral, a artrose pode ser definida co­mo uma degeneração da cartilagem articular, que perde sua fun­ção amortecedora. Por esse motivo, a porção óssea localizada sob a cartilagem sofre agressões mecânicas. Como consequência, o os­so reage, engrossando no centro e aumentando de volume nos bor­dos, por meio da proliferação de células ósseas. Convencionalmen­te, adota-se a denominação osteoartrose (ou osteoartrite) primária para os casos que não apresentam causa aparente, nos quais possi­velmente existe alguma predisposição hereditária.

Já a osteoartrose secundária é aquela determinada por causas conhecidas. As mais frequentes são as resultantes da gota, de pos­turas físicas desfavoráveis, de pés chatos, do mau alinhamento dos joelhos, da sobrecarga de peso nas articulações, de obesidade e de frequentes traumatismos (golpes) pouco intensos.

PREDISPOSIÇÃO — A osteoartrite ocorre quase exclusiva­mente em pessoas de meia-idade para mais, possivelmente pela al­teração na composição e estrutura da cartilagem articular (perda de água, proliferação celular, aparecimento de gordura e outros fa-tores). Também contusões, fraturas, deslocamentos de juntas e até pequenos traumatismos são causas frequentes.

DOR — A osteoartrose nem sempre apresenta uma relação entre os sintomas e o grau de degeneração articular, evidenciado com bastante precisão pelos raios X. Um paciente com degeneração ar­ticular avançada poderá apresentar poucos sintomas, enquanto que outro, com degeneração menos acentuada, poderá queixar-se insistentemente de seu desconforto.

O sintoma mais característico é a dor, aliviada somente pelo re­pouso ou com administração de analgésicos.

A dor pode ser acompanhada de inchaço e derrame articular (acúmulo de líquido na cavidade articular); as cavidades mais atingidas poderão mais tarde apresentar um ruído característico, a crepitação, semelhante ao atrito do couro ressecado.

CONTROLE — Como a artrose é uma enfermidade degenerati­va, não existe a possibilidade de uma cura propriamente dita, pois não se consegue reverter o processo e devolver à articulação sua normalidade total. No entanto, o médico tentará deter a marcha da moléstia através de medidas que evitem ou ao menos atenuem os fatores agravantes. São empregados alguns métodos de trata­mento que consistem na redução da obesidade, na correção de ví­cios de postura e de anormalidades ortopédicas.

A fisioterapia — repouso adequado, massagens e aplicação de calor local (bolsas de água quente, ondas curtas etc.) — tem gran­de importância no tratamento.